Casa do Ribatejo 65

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em pleno exame de uma disciplina do 5º ano que mais se poderia considerar um “banco”

Em pleno exame de uma disciplina do 5º ano que mais se poderia considerar um “banco”
por João Lourenço
A cena que vou contar agora, passou-se com um colega de que não me lembro o nome, em pleno exame de uma disciplina do 5º ano que mais se poderia considerar um “banco” do que uma “cadeira”. O resultado normal dos exames dessa disciplina era a aprovação, variando apenas a nota, consoante um desempenho melhor ou pior.
Nesse dia, o colega examinado ou porque tivesse preparado bastante mal a matéria ou por azar dos Deuses, começou a “patinar” de tal modo que o Professor da cadeira ficou surpreendido e aguardava que o aluno tomasse a iniciativa de desistir.
Como, porém, era desusado um “chumbo” em tal disciplina, o aluno fez-se “desentendido” e mantinha-se estoicamente em prova. O Professor, que era “ um punho de rendas”, de uma delicadeza às vezes exagerada, em vez de o mandar embora, recorreu a uma alegoria, deixando os colegas que assistiam ao exame, espantados com tanta paciência.
Dizia o Professor: “O senhor sabe que, por vezes, uma pessoa tem de tomar atitudes que lhe custam bastante, mas é seu dever não permitir a sua anuência em tais situações. Imagine uma sentinela que no seu posto de trabalho, não deve permitir que pessoas não identificadas, entrem no quartel, ou nas instalações à sua guarda. Perante a insistência de alguém que queira entrar, acha o senhor que a sentinela deve franquear-lhe a entrada”?
Que diferença, (neste caso levada aos limites) com outros professores que com palavras, por vezes agressivas, e modos bruscos recambiavam os alunos em prova.   


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