Em pleno exame de uma disciplina do 5º ano que mais se poderia considerar um “banco”
por João Lourenço
A cena que vou contar agora, passou-se com um colega de que não me lembro o nome, em pleno exame de uma disciplina do 5º ano que mais se poderia considerar um “banco” do que uma “cadeira”. O resultado normal dos exames dessa disciplina era a aprovação, variando apenas a nota, consoante um desempenho melhor ou pior.
Nesse dia, o colega examinado ou porque tivesse preparado bastante mal a matéria ou por azar dos Deuses, começou a “patinar” de tal modo que o Professor da cadeira ficou surpreendido e aguardava que o aluno tomasse a iniciativa de desistir.
Como, porém, era desusado um “chumbo” em tal disciplina, o aluno fez-se “desentendido” e mantinha-se estoicamente em prova. O Professor, que era “ um punho de rendas”, de uma delicadeza às vezes exagerada, em vez de o mandar embora, recorreu a uma alegoria, deixando os colegas que assistiam ao exame, espantados com tanta paciência.
Dizia o Professor: “O senhor sabe que, por vezes, uma pessoa tem de tomar atitudes que lhe custam bastante, mas é seu dever não permitir a sua anuência em tais situações. Imagine uma sentinela que no seu posto de trabalho, não deve permitir que pessoas não identificadas, entrem no quartel, ou nas instalações à sua guarda. Perante a insistência de alguém que queira entrar, acha o senhor que a sentinela deve franquear-lhe a entrada”?
Que diferença, (neste caso levada aos limites) com outros professores que com palavras, por vezes agressivas, e modos bruscos recambiavam os alunos em prova.
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