Casa do Ribatejo 65

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Trilogia de Natal José A Ribeiro

CONSOADA

Uma orvalhada no musgo que respira
uma frescura de Natal que nos consola,
uma memória quente da geada
à beira estrada que a nossa ansiedade desenrola,
eram cristais
reluzindo à luz de estrelas conhecidas
a piscar-nos lá de cima
naquela atmosfera límpida, espelhada...
eram sinais
de que estava próximo o regresso,
a revisita,
a consoada,
a ternura do borralho e da carícia.

NATAL - NEÓN

A estrelinha de Belém se bem notada
ilumina a humanidade noutra luz,
numa luz bem mais suave e delicada
do que esta do neón que nos seduz

É uma estrela de justiça, amor e paz
de que o mundo perturbado anda carente,
é uma onda de energia, bem capaz
de trazer muita alegria a toda a gente

E aonde é que ela está, onde é que mora
essa estrelinha a vibrar de ansiedade,
será uma das que espreitam além na aurora?

Ou estará no nosso peito, e na verdade
essa estrela de Natal já se demora
a brilhar no coração da humanidade!


NATAL MENINO

Afinal, neste Natal, ainda sou o teu menino
minha Mãe, o teu menino,
numa Belém que ainda vislumbro no Além
ao pé daquela estrela, aquela ali,
a alumiar uma celeste caravana,
a mesma do presépio que já vi!
Olha, Mãe, são os tais Reis,
os mesmos que há dois mil anos nos visitam
com as prendas da mais fina pedraria,
da mais rara perfeição...
mas a prenda que mais cobiço, a que eu mais queria,
é a tua companhia,
é vencer a solidão,
é ter para todo o sempre, vida fora,
o teu afago, o teu regaço, o teu carinho,
eterna Mãe,
que no Natal hei-de ser sempre o teu menino.

  José Alves Ribeiro, Dezembro de 2011
TRILOGIA  DE NATAL

CONSOADA

Uma orvalhada no musgo que respira
uma frescura de Natal que nos consola,
uma memória quente da geada
à beira estrada que a nossa ansiedade desenrola,
eram cristais
reluzindo à luz de estrelas conhecidas
a piscar-nos lá de cima
naquela atmosfera límpida, espelhada...
eram sinais
de que estava próximo o regresso,
a revisita,
a consoada,
a ternura do borralho e da carícia.

NATAL - NEÓN

A estrelinha de Belém se bem notada
ilumina a humanidade noutra luz,
numa luz bem mais suave e delicada
do que esta do neón que nos seduz

É uma estrela de justiça, amor e paz
de que o mundo perturbado anda carente,
é uma onda de energia, bem capaz
de trazer muita alegria a toda a gente

E aonde é que ela está, onde é que mora
essa estrelinha a vibrar de ansiedade,
será uma das que espreitam além na aurora?

Ou estará no nosso peito, e na verdade
essa estrela de Natal já se demora
a brilhar no coração da humanidade!


NATAL MENINO

Afinal, neste Natal, ainda sou o teu menino
minha Mãe, o teu menino,
numa Belém que ainda vislumbro no Além
ao pé daquela estrela, aquela ali,
a alumiar uma celeste caravana,
a mesma do presépio que já vi!
Olha, Mãe, são os tais Reis,
os mesmos que há dois mil anos nos visitam
com as prendas da mais fina pedraria,
da mais rara perfeição...
mas a prenda que mais cobiço, a que eu mais queria,
é a tua companhia,
é vencer a solidão,
é ter para todo o sempre, vida fora,
o teu afago, o teu regaço, o teu carinho,
eterna Mãe,
que no Natal hei-de ser sempre o teu menino.

  José Alves Ribeiro, Dezembro de 2011

História do povoamento vegetal da Terra até ao aparecimento do Homem

Enfase às Florestas, imprescindíveis, na actualidade

Por:  Ernesto Rafael (Eng. Agrónomo)                                                
                                                 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
                                                                Muda-se o ser, muda-se a confiança;
                                                                Todo o Mundo é composto de mudança,
                                                                Tomando sempre novas qualidades.
                                                                Luís de Camões, líricas, soneto 17

Calcula-se que a primeira vegetação evidente na Terra, constituída por musgos e Rináceas, foi na Escócia, no período Silúrico da era Paleozóica *, ou seja, mais de 6 mil milhões de anos após a formação do Planeta. Contudo, o início da vida estima-se ter sido no Pré-Câmbrico, da Era Criptozóica, com o aparecimento, entre outros, das bactérias e algas, na Suazilândia e Austrália Ocidental, há cerca de 4mil milhões de anos. Foi já no período Silúrico que as plantas e animais passaram da água à terra firme. No final deste período supõe-se terem surgido as Hepáticas e, depois nos 100 milhões de anos seguintes, as Briófitas, no período Devónico. Começou então a batalha entre as plantas e os animais, quando já existiam as Equisetáceas (cavalinha), as Licopodiáceas, plantas escamosas que chegaram a atingir 18m de altura e os Fetos, alguns arbóreos. A Terra começava a vestir-se de verde o que se intensificou nos 65 milhões de anos seguintes, já no Período Carbónico; surgiram as coníferas (gimnospérmicas), com início no Devónico Superior. As plantas vasculares começaram a estender as suas raízes para além dos pântanos e margens dos rios; são as primeiras árvores de caules lenhosos suficientemente fortes para suportar copas bem acima do solo, no Período Triássico, ao mesmo tempo que os dinossáurios que vieram a extinguir-se, 200 milhões de anos mais tarde, já no fim do período Cretácico e início da Era Cenozóica. Os mamíferos vindos também do Triássico, iniciaram o consumo das plantas de flor, que apareceram já no Jurássico, incrementando-se no Cretácico, até aos nossos dias (Período quaternário), nos últimos 150 a 200 milhões de anos. As Ervas emergiram no Oligoceno, ou seja nos últimos 35 milhões de anos.
As primeiras Florestas ajudaram a oxigenar a atmosfera global e, os seus restos fósseis formaram depósitos d carvão e de petróleo que, agora, por continuarem a ser queimadas, inquinam a atmosfera. A estimativa de existência de espécies fósseis varia de 300mil a 500mil, durante os 3500milhões de ano de vida, na Terra. Calcula-se que existem actualmente 10milhóes de espécies vivas (animais e vegetais). A vida média de uma espécie situa-se entre 1 e 10 milhões de anos (muito menos nas aves e mamíferos). É o resultado da evolução da Terra atravessada de vez em quando por Ca-
  
·         As Eras da Terra são: Paleozóico ou Primário, com os Períodos Câmbrico, Ordovício, Silúrico, Devónico, Carbónico e Pérmico; Mesozóico ou Secundário, com os Períodos Triássico, Jurássico e, Cretácico; Terciário com os períodos Paleocénico, Eocénico, Oligocénico, Miocénico e Pliocénico e o Quaternário (Sub-Períodos Pleistocénico e Holocénico). Considera-se ainda o Pré-câmbrico da Era Criptozóica, com a duração de 570milhões de anos.
 tástrofes naturais. Julga-se que o número de espécies que já existiram oscila entre 50 e 4mil milhões. Assim que as plantas passaram da água para a Terra, há mais de 400milhões de anos e, depois apareceram as árvores e florestas de hoje, além da vida animal e outros vegetais que sustentam ou albergam são o resultado mais notável do longo processo de mudança e desenvolvimento, regulado por condições locais, alterações climáticas e catástrofes naturais. A árvore, suposta inicial da Terra, o Lepidodrendon, de natureza escamosa, acabou por perder na luta pela sobrevivência, restando alguns parentes, entre os quais o Licopodium, trepadeiras de comprimento bem mais curto. Os fetos arbóreos concorreram com o Lepidodrendon, depois de terem evoluído de um modo de vida ainda rente ao chão, nas terras húmidas. Nas zonas mais secas surgiu, então, o pinheiro do Arizona (Pinus edulis), uma conífera que crescendo pouco foi o início de novas mudanças, outras coníferas que se seguiram e, depois, as árvores de folha larga (folhosas) mais espectaculares na sua diversidade que, em vez de pinhas, produziram frutos provenientes de flores mais variadas; distinguiram-se os carvalhos e os choupos, no princípio e já no tempo dos primeiros hominídeos. Entre as árvores mais longevas distinguiram-se as sequóias que vivem frequentemente 800 e mesmo 2mil anos e atingem 120 metros de altura. Outro exemplo é o das oliveiras que tivemos ocasião de ver em Israel, exemplares milenares, talvez até com 2mil anos.
Hoje, luta o Homem pela preservação das florestas que aliás ajudou a destruir em cerca de 1/3, nos últimos 10mil anos. A florestação e a manutenção deste tipo de vegetação são muito importantes, não só por razões económicas como a exploração de madeiras, de pasta para papel e biomassa mas também:
- Contribuir para preservação da diversidade biológica e dos recursos naturais do território, não só pelas florestas em si mesmas como outras formas de vida que estas albergam, valorizando-as económica e socialmente;
- Proteger as espécies ameaçadas de extinção;
- Contribuir para a preservação e restauração da diversidade dos ecossistemas naturais;
-Promover o desenvolvimento sustentável, a partir dos recursos naturais;
- Promover práticas, na conservação da natureza e no processo de desenvolvimento;
- Proteger paisagens naturais e pouco alteradas, de notável beleza;
-Proteger características natureza geológica, geomorfológica, espeológica, paleontologia e cultural;
- Proteger e recuperar recursos hídricos ou edáficos;
- Melhorar a qualidade do ar e consequente qualidade de vida das populações;
- Proporcionar meios e incentivos para a pesquisa científica, estudos e monitorização ambiental;
- Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contacto com a natureza e o turismo ecológico;
-Promovera a utilização económica dos recursos naturais necessários à subsistência, respeitando e valorizando o seu conhecimento, a cultura e uso social.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ISA PARTICIPA NO PROJECTO DE “DESENVOLVIMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS DE 2ª. GERAÇÃO”

O Instituto Superior de Agronomia é um dos parceiros do projecto de I&D liderado pela PETROGAL intitulado: "Desenvolvimento de Biocombustíveis de 2ª. Geração."
A Unidade de Desenvolvimento de Biocombustíveis desenvolve, desde a sua criação, em estreita colaboração com o sistema científico e tecnológico nacional e de Moçambique, o ambicioso Programa de I&D Galp Energia Biocombustíveis relativo à produção sustentável de biocombustíveis, no apoio às operações em curso em Moçambique com a oleaginosa Jatropha curcas Linn. (JCL).
Este projecto contribui para a concretização da política nacional de biocombustíveis, na procura da diversificação de fontes de abastecimento e da produção de energia renovável através de matérias-primas não alimentares em áreas agrícolas sem aproveitamento relevante.
Além do ISA, outras instituições como a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Portalegre, participam nas etapas do projecto elegíveis para o co-financiamento. Os trabalhos elegíveis, avaliados em cerca de dois milhões de Euros, são financiados em cerca de 50% pela Galp Energiae o restante pela FAI (organismo público orientado e supervisionado pela Direcção Geral de Energia e Geologia).
O ISA em cooperação com o Instituto Politécnico de Portalegre participa na Etapa III, no sub-projecto "Desenvolvimento do processo de extracção e qualidade do óleo de Jatropha para produção de Biodiesel", e o Instituto Politécnico de Portalegre coopera com o ISA na Etapa V. que consiste no "Tratamento, produção e testes de Biodiesel de Jatropha em motores".

ESPÉCIES CONDIMENTARES E ESPECIARIAS

José Alves Ribeiro

São muitíssimas as espécies vegetais usadas como condimentos e esses usos estão correlacionados com culturas ancestrais e com a instintiva tradição de acentuar a palatibilidade dos alimentos, a sua riqueza em sais e vitaminas, o seu poder de conservação e ainda como elementos tonificantes e até mesmo como elementos afrodisíacos.
            A pimenta, por exemplo (e outras especiarias) fora muito usada na Idade Média e na Renascença como conservante de alimentos. Juntamente com a salga, a seca, o fumeiro, a conserva em vinagre e outras técnicas ancestrais de conservação dos alimentos. Esses condimentos provenientes do Oriente são conhecidos por especiarias, chegavam bastante caras à Europa pela rota da seda e foram uma das motivações económicas das grandes navegações. Muitas das espécies condimentares são actualmentra muito cosmopolitaas e cultivadas por todo o planeta, algumas são da nossa flora, outras de origem exótica mas integradas na nossa flora como naturalizadas ou que já se cultivam no nosso país há décadas ou mesmo há séculos.Esses condimentos podem ser provenientes de folhas, de flores, de botões florais, de frutos, de sementes, de raízes, de bolbos, de tubérculos, de rizomas ou de outros propágulos vegetativos, ou mesmo de cascas como o caso da canela, que é casca de uma pequena árvore de origem asiática.
          O que se denomina CARIL não é uma espécie apenas, mas sim uma mistura de diversas especiarias, algumas de sabor picante, onde entram cominhos, alcaravias, curcumas, açafrões e outras, havendo diversas variedades de caril, condimento muito vulgar na culinária indiana e asiática, vulgarizado entretanto em toda a culinária internacional.
          O sumagre, arbusto mediterrâneo que já foi cultivado no nosso país para fornecer tanino para a indústria  de couros e curtumes, era muito usado como condimento no tempo dos romanos e ainda se usa actualmente com essa finalidade em algumas regiões do  médio oriente.
            Quanto à nossa flora, como mediterrânea que é, podemos afirmar que é bastante rica em espécies vegetais  condimentares que surgem espontâneas ou sub-espontâneas nos mais diversos habitats:

a) Bosques e carvalhais de feição sub-atlântica ( Entre Douro e Minho e Beira Litoral ) e macaronésica 
( Madeira e Açores ) onde surgem os loureiros ( Laurus nobilis L. e Laurus azorica ( Seub ) Franco ) das quais se utilizam as folhas ou no caso das ilhas, os paus de louro para as famosas espetadas.

b) Matagais, carrascais e zimbreiras em situações mediterrâneas ( Terra Quente duriense, Beiras, Alentejo e Algarve ) onde a biodiversidade é enorme e as plantas aromáticas são abundantes. É o caso do próprio zimbro 
(Juniperus oxycedrus L. ) cujas bagas podem aromatizar marinadas de carnes ou os conhecidos molhos de vinho e alho, também ditos de vinha-de-alhos.
            Também é nestes bosques e matagais mediterrâneos que se encontram os tomilhos, os rosmaninhos e os alecrins. Quando em solos menos ácidos e mais calcários, maior é a biodiversidade e a abundância do tomilho vulgar ( Thymus zygis L.), da salva ( Salvia officinalis L. ) e do alecrim ( Rosmarinus officinalis L.)  Em solos medianamente ácidos de xisto surge também com abundância a bela-luz (outro tomilho que é a espécie Thymus mastichina L.) e o rosmaninho ( Lavandula stoechas L.). Chama-se a atenção para o facto
de na região bragançana se denominar arçã ou arçanha ao rosmaninho, sal puro à bela luz e sal purinho ao tomilho vulgar. É também nestes bosques e matos mediterrâneos que vegetam os oregãos de que temos duas espécies: Origanum virens Hoff.et Link e O. vulgare L., ambos óptimos como condimentos e também como plantas medicinais.

c) - Em lameiros da Terra Fria, terras altas do Alto Minho, Alto Trás-os-Montes e Beira Alta, temos
outro tomilho denominado serpão - Thymus pulegioides L: mais herbáceo e mais rasteirinho que os outros dois tomilhos já referidos.

d)-Nas linhas de água há a assinalar três espécies condimentares muito importantes: o pôejo - Mentha pulegium L: de que as populações do Sul tiram maior partido na condimentação de comidas, a hortelã de água - Mentha aquatica L: também cultivada e de aroma semelhante à hortelã vulgar, (Mentha x rotundifolia L.) que é apenas cultivada pois é um híbrido entre outras duas espécies do género Mentha, o mesmo se passando com a hortelã pimenta. ( Mentha x piperita L. ) que também é um híbrido.                                           


Há uma terceira espécie do grupo das mentas que é também das beiradas dos rios, ribeiras e regatos, que é a Preslia cervina ( L.) Opiz conhecida por erva-peixeira na linguagem nortenha e como hortelã-da-ribeira no Alentejo e muito utilizada, na zona do Douro Superior e da bacia do Sabor como condimento dos deliciosos peixinhos do rio. Aliás esta plantinha começa a condimentá-los logo a partir do cabaz do pescador.

e) Finalmente vamos considerar espécies ruderais plantas das beiras dos caminhos, orla de bosques e matos. É o caso da erva-das azeitonas, mais frequente em regiões mediterrânicas e também conhecida por nêveda - Calamintha baetica Boiss. et Reuter ou C. sylvatica L.. Note-se que a verdadeira nêveda é outra espécie da mesma família botânica das Labiadas que é a Nepeta cataria L: usada como medicinal.Outra espécie muito frequente nestes habitats é o conhecido funcho ou fiôlho - Foeniculum vulgare Miller que à semelhança de outras aromáticas têm também propriedades medicinais, havendo uma variedade cultivada, o funcho hortense.

          Notas finais:

          No Algarve surge a alcaparra  Capparis spinosa L. planta muito mediterrânea e cacícola, pouco conhecida e pouco usada no Centro e Norte mas cujas bagas são usadas como condimento, sendo usual a sua utilização a condimentar  conservas de peixe ou marisco.Também se denominam «alcaparras» na Terra Quente Transmontana a azeitonas alcaparradas, por vezes como simplificação de linguagem. São apenas azeitonas verdes, descaroçadas e em conserva, ficando com aspecto semelhante às alcaparras.
         Outras espécies autóctones são usadas na nossa culinária tradicional, como os alhos bravos e  as segurelhas, estas também óptimas para condimentar azeitonas de conserva, à semelhança da calaminta e do tomilho. Outras são tão cosmopolitas que se julgam da nossa flora embora de oriem exótica, como é o caso do estragão ( Artemisia dracunculus L. ) de origem da Europa de Leste e usado na aromatização de vinagres e  do manjericão ou basílico,com origem no Indostão - Ocimum basilicum L. A salsa ( Petroselinum crispus  Miller ), umbelífera muito vulgar na nossa culinária e o coentro (Coriandrum sativum L.), também umbelífera e mais usada no Sul, sendo actualmente espécies de amplo cultivo a nível mundial, têm origem respectivamente na Europa Central e no Médio Oriente.

Segue-se uma listagem das mais usadas esécies condimentares e especiarias, ordenadas por ordem alfabética dos nomes vulgares mais correntemente usados em português e em inglês, os nomes científicos e as respectivas famílias botânicas e ainda a origem de cada espécie. Nalgumas espécies são ainda referidas algumas notas complementares.


1. AÇAFRÃO
Nome Científico Crocus sativus L.Família Botânica: Iridaceae - (Monocotiledónea)
Nome Vulgar Português: Açafrão;               Inglês: Saffron
Origem Região Mediterrânea e Médio Oriente.
2. AIPO
N.C.       Apium graveolum L. - Família Botânica:  Apiaceae ( Umbeliferae) – (Dicotiledónea)
N.V.       Português: Aipo; Inglês: Celeri
Orig.      Eupopa
3.ALCARAVIA, Alchirivia
N.C.     Carum carvi L.Fam. Bot.:  Apiaceae
N.V.     Português: Alcaravia ou cherivia;Inglês: Caraway
Nota—O Carum verticillatum (L.) Koch  - tb/ se denomina alcaravia, alchirivia e cominho-dos-prados
4. ALECRIM
N.C.       Rosmarinus officinalis L.Fam. Bot.: Lamiaceae ( Labiatae) - (Dicot.).
N.V.       Português: Alecrim; Inglês: Rosemary
Orig.      Reg. Mediterrânea
Nota: Também usada como espécie ornamental em parques e jardins.
5. ALFAZEMAS e Rosmaninhos
N.C.       Lavandula spp. - Fam. Bot.:  Lamiaceae.
Orig.      Reg.Mediterrânea.                                   
                                                                                                                                                                 

6.ALHOS E CHALOTAS
N.C.-    Allium spp.--  Fam.Bot.Alliaceae  (Liliacaeae)-Monocot.)
N.V.-      Alhos bravos, alhos cultivados e chalotas
Orig-    Europa
7. BASÍLICO OU MANJERICÃO
N.C.    Ocymum basilicum   L.- Fam. Bot.- Lamiaceae
N.V.     Português: Mangericão ou basílico; Inglês: Basil.
8. BAUNILHA
N.C.       Vanilla planifolia Andr.-Fam. Bot.: Orchidaceae (Monocot.)
N.V.       Português: Baunilha; Inglês: Vanilla
Orig.      América Central (tropical).
Nota: Esta espécie é uma liana e a parte útil é o fruto que é uma cápsula semelhante a uma vagem.
9. BENJOIM
N.C.     Styrax benzoin  Dryander sin. C. Paralleloneurus Perkins  Fam. Bot.: Styracaceae (Dicot.)
N.V.     Português: Benjoim; Inglês: Benzoin.
Orig.   Indo-Malaia.
10. CÁLAMO AROMÁTICO
N.C.     Acorus calamus L. Fam. Bot.:Araceae (Monocot.)
N.V.     Português: Cálamo aromático; Inglês: Calamus
Orig.   Pérsia / Médio Oriente.
Nota: Também usado como medicinal e na preparação de bebida (cerveja de cálamo).

11.              CARDAMOMOS
11.1-Cardamomo-menor; Cardamomo-do-Malabar-
N.C.       Elettaria cardamomum ( L.) Mat. - Fam. Bot.-Zingiberaceae 
N.V.       Português: Cardamomo; Inglês: Cardamom.
Orig.      Indo-Malaia.
11.2. Cardamomo-de-Bengala N.C.Amomum aromaticum Roxb.Fam. Bot.: Zingiberaceae-(Monocot.)
Orig.      Indo-Malaia.
11.3. Cardamomo-de-Java N.C. Amomum maximum L. sin.A. kepulaga Spr.            Fam. Bot.: Zingiberaceae
Orig.      Indo-Malaia.
11.4.Cardamomo-da-Indochina N.C.            Amomum kravanh Pier ex.Gah.           Fam. Bot. Zingiberaceae
Orig.   Indo-Malaia.
11.5. Cardamomo-do-Nepal N.C. Amomum subulatum           Roxb. Fam. Bot.: Zingiberaceae
Orig.   Indo-Malaia.
11.6. Cardamomo-de-Madagascar N.C.Aframomum angustifolium ( Son.)K.Sch.Fam. Bot.: Zingiberaceae
Orig.   África tropical.                            
11.7. Cardamomo-dos-Camarões N.C.Aframomum danielli;A. hanburyi K.Sch.Fam. Bot. Zingiberaceae
Orig.   África tropical.
Nota: Também se denomina ossame (nome africano).

12. CANELAS

12.1- Canela-de-Ceilão
N.C.        Cinnamomum zeylanicum Brey. sin.C.verum J.Presl  -  Fam. Bot.-Lauraceae (Dicot.)
N.V.        Português: Canela-de-Ceilão;Inglês: Cinnamon
Orig.      India e Ceilão.
12.2. Canela-da-China
N.C.     Cinnamomum aromaticum L.sin. C.cassia Blume - Fam. Bot.: Lauraceae
N.V.     Português: Canela-da-China; Inglês: Cinnamon
Orig.   Sul da China
12.3. Canela-de-Saigão
N.C.        Cinnamomum loureirii Nees - Fam. Bot.: Lauraceae
N.V.        Português: Canela-de-Saigão ou Cássia-de-Saigão; Inglês: Saigon cassia
Orig.      Indochina                                                                                                                                                                 
                                                                                   
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
12.4. Canela-da-Batávia
N.C.       Cinnamomum burmanii   Nees ex Blume Fam. Bot.: Lauraceae
N.V.        Português Canela-da-Batávia ou Canela-de-Padang ou Canela-da-Indonésia
ou Cássia-da-Batávia ou Canela-verde; Inglês: Batávia; cassia.
Orig.      Malásia e Sumatra                                                                                             
Nota geral. - O que se usa como condimento das espécies deste grupo das canelas é a sua casca.
13. COMINHOS
N.C.     Cuminum cyminum L. - Fam. Bot.: Apiaceae
N.V.     Português: Cominhos;Inglês: Cummin.
Orig.   Reg.Medit. e Médio Oriente
Nota: A parte utilizada é a semente.(o fruto das Umbelíferas, actualmente Apiáceas,  é um fruto seco, múltiplo de dois mericarpos ou mini-frutos geminados secos e uni-seminais).
14.              CRAVINHO-DA-ÍNDIA
N.C.    Syzygium aromaticum Merril et Perry - Fam. Bot.: Myrtaceae (Dicot.)
N.V.       Português: Cravinho-da-Índia ou Cravo-de-cabecinha; Inglês: Cloves.
Orig.      Índia e Ceilão.
Nota: As partes utilizadas são os botões florais. O nome persa desta espécie é “garanfil”, que vai dar origem ao nome francês “giroflé ”. O nome malaio e javanês é “cengké.

15.         CURCUMAS (todas com origem Indo-Malaia)
15.1. Curcuma vulgar ou açafrão dos trópicos
N.C.       Curcuma domestica  Vahle C. longa              L. - Fam. Bot.: Zingiberaceae
N.V.       PortuguêsCurcuma ou Açafrão-dos-trópicos;   Inglês: Curcuma ou Turmeric.
Notas: Muito usado na preparação do conhecido condimento denominado CARIL - que é uma mistura de condimentos com inúmeras variantes-. Também usado como medicinal, como tintureira na coloração de tecidos e ainda em pinturas corporais.
15.2. Curcuma-de-Bengala
N.C.     Curcuma amada  Roxb. - Fam. Bot.: Zingiberaceae
N.V.     Português Curcuma-de-Bengala; Inglês Mango-ginger.
15.3. Araruta-da-India
N.C.     Curcuma angustifolia   Roxb.  C. leucorrhiza   Roxb.  e C. caulina  Gress. Fam. Bot.: Zingiberaceae
Nota: Usadas tb/ como farináceas na alimentação à semelhança da mandioca.
15.4-Curcuma-de-CochimN.C.                                        Curcuma aromatica Salisb.            - Fam. Bot.: Zingiberaceae.
15.5-Zedoaria
N.C.     Curcuma zedoaria ( Berg) Roxb. - Fam. Bot.: Zingiberaceae
N.V.     Português Zedoária; Inglês Zedoary.
Nota: Usada no caril
15.6. Zedoária-preta
N.C.       Curcuma coesia  Roxb. - Fam. Bot.: Zingiberaceae
N.V.       Português: Zedoária-preta; Inglês: Black-zedoary.
Nota: Usada no caril.
16. ESTRAGÃO
N.C.     Artemisia dracunculus         Fam. Bot.:  Asteraceae  ( Compositae) - (Dicot.)
N.V.     Português: Estragão; Inglês: Tarragon.
Orig.   Europa Central e Rússia. Muito usado para aromatizar vinagres.
17. FUNCHO, FIÔLHO ou ERVA DOCE
N.C.     Foeniculum vulgare  Miller;   Família Botânica:  Apiaceae
N.V.     Português: Funcho, fiôlho ou erva-doce; Inglês: Fennel.
Orig.   Reg. Mediterrânea.  Tb/ usado como planta medicinal                                                                              
                                                                                      
                                                                                                                                                                             
18. GALANGA
N.C.     Alpinia officinarum  Hance  e A. galanga L. -  Fam. Bot.: Zingiberaceae
N.V.     Português: Galanga; Inglês: Lesser-galangue.
Orig.   Indo-Malaia.                                                                                                                   
19. GENGIBRE
N.C.       Zingiber officinale  Rosc. - Fam. Bot.: Zingiberacea
N.V.       Português: Gengibre; Inglês: Ginger.
Orig.      Indo-Malaia.
20. GERGELIM ou SÉSAMO
N.C.       Sesamum indicum  L.  - Fam. Bot.: Pedaliaceae (Dicot.)
N.V.       Português: Gergelim ou sésamo;Inglês: Sesame
Orig.      Ásia Central
Nota: Esta espécie é essencialmente uma oleaginosa, embora se use também como condimento, principalmente na panificação (pão com sementes de sésamo).

21.              HORTELÃS

21.1. Hortelã-comum
N.C.     Mentha spicata L.e Mentha x rotundifolia  ( L.) Hudson Fam. Bot. Lamiaceae
N.V.     Português: Hortelã; Inglês: Mint
Orig.   Região Mediterrânea e Médio Oriente
Nota: A Mentha x rotundifolia é híbrida, propagando-se por via vegetativa (clonal) por rizomas.
21.2. Hortelã-mourisca ou hortelã-de-água
N.C.     Mentha aquatica  L.     Fam. Bot.: Lamiaceae
N.V.     Português: Hortelã-mourisca; Inglês: Water-mint.
Orig.   Região Mediterrânea e Médio oriente
21.3. Hortelã-pimenta
N.C.       Mentha x piperita  L.    Fam. Bot.: Lamiaceae
N.V.       Português: Hortelã-pimenta; Inglês: Pipermint.
Orig.      Esta espécie é híbrida, propagando-se por via vegetativa, à semelhança da
hortelã-comum.
21.4.Hortelã-da-ribeira ou erva – peixeira
N.C.    Mentha cervina   L.  sin. Preslia cervina (L.) Opiz - Fam. Bot.  Lamiaceae
N.V.     Port.   Hortelã-da-ribeira ou erva-peixeira; 
Orig.   Re. Mediterrânea.
21.5 Poejo
N.C. - Mentha pulegium   L.-Fam. Bot. Lamiaceae
N. V. – Poejo
Orig. – Reg. Mediterrânea
22. LOURO
N.C.     Laurus nobilis  L. e    Laurus azorica ( Seub.) Franco Fam. Bot.: Lauraceae (Dicot.)
N.V.     Português: Louro ou Loureiro; Inglês: Laurel-tree
Orig.   Europa Mediterrânea e Macaronésica (ilhas atlânticas).
23. MOSTARDA - BRANCA
N. C.            Sinapis alba    L.    Fam. Bot.: Brassicaceae ( Cruciferae) -( Dicot.)
N. V.           Português: Mostarda – branca; Inglês: Mustard
Utilidade    As sementes usam-se como condimento – molho de mostarda. Tb/ usada em cataplasmas na medicina caseira.
Origem       Médio Oriente
Reg. onde se cultiva          Regiões de clima temperado-mediterrâneo e sub – tropical.
                                                                                  
                                                                                                                                                                                                                                                                                      
24. – MOSTARDA – PRETA
N. C. – Brassica nigra  (L.)Koch   Fam. Bot. Brassicaceae (Cruciferae)
N. V.  – Mostarda – preta.
Orig. – Reg. Medit.                                                                                                                                
24. NOZ - MOSCADA ou MACIS
N.C.     Myristica fragans Hout. - Família Botânica: Myristicaceae (Dicot.)
N.V.     Português: Noz-moscada; Inglês: Nut-meg
Orig.   Índia e Ceilão (há dúvidas se não terá origem nas Molucas – ilhas de Banda e Amboíno).
Notas: I - O nome “moscada” provém do termo persa “mosk” que significa almíscar. O almíscar é um aroma forte extraído dumas glândulas de um veado ou gamo indo-chinês, havendo alguma semelhança entre esses odores.
II - A parte utilizada é a semente que é envolvida por um apêndice denominado “arilo”. A semente está num fruto seco deiscente (cápsula) que abre na maturação e tanto se usa a semente em natureza como também em pó.
III - Esta espécie, que é uma árvore, também é muito cultivada nas Caraíbas (América Central Tropical), sendo a ilha de Granada o maior produtor mundial.                                                                        
25.              ORÉGÃOS
N.C.     Origanum virens Hoffmans et Link  e O.vulgare LFam. Bot.- Lamiaceae
N.V.        Português: Orégos ou orégãos; Inglês: Origan ou Wild-marjoram.
Orig.      Região Mediterrânea
Nota: Esta espécie condimentar é também muito cultivada na América do sul sub-tropical e temperada (Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil) e exportada para todo o mundo, dado o seu grande uso na culinária mediterrânea, a começar pelas vulgaríssimas pizzas italianas.

26.              PIMENTAS

26.1. Pimenta-negra da India
N.C.        Piper nigrum L. -                        Fam. Bot.: Piperaceae ( Dicot.)
N.V.        Port.: Pimenta ou Pimenta-da India; Ingl.: Pepper.
Orig.      Índia e Ceilão.
Nota: Desta mesma espécie se extrai a chamada pimenta vermelha (frutos imaturos) e a pimenta branca, em que os frutos ( pequenas bagas ), em vez de secas inteiras, como na pimenta preta, são previamente despolpadas, como se faz com as bagas do café.
26.2.   Pimenta-de-rabo da Indonésia
N.C.            Piper cubeba L. - Fam. Bot.: Piperaceae
Orig.          Indonésia.
Nota: Também usada como medicinal em doenças venéreas.
26.3. Pimenta-de-rabo Africana
N.C.     Piper guineense Sch. et Tonn. - Fam. Bot.: Piperaceae
Orig.   África Ocidental
26.4. Pimenta-longa
N.C.        Piper longum  L.Fam. Bot.: Piperaceae
Orig.   Nepal e Norte da India.
26.5. Pimenta-betel
N.C.       Piper betle L. e  P. minialum L. - Fam. Bot.: Piperaceae
Orig.   Ásia tropical
Nota - Os nativos da Ásia tropical usam as folhas misturadas com sal e com fragmentos de noz de Areca (uma palmeira – que aliás dá o nome à família botânica das Palmeiras, (ARECÁCEAS) e é essa mistura que mastigam, sendo também uma substância de propriedades tonificantes,algo alucinogénias e anti-inflamatórias.
                                                                                                                                                                     
                                                                                          
26.6. Kawa-kawa
N.C.         Piper methysticum Gob. et Cuz. - Fam. Bot.: Piperaceae
Orig.        Ásia tropical
Nota - Usada em certas ihas do Pacífico como tónico, embora seja tóxica em dose excessiva.
26.7. Pimenta-da-Jamaica
N.C.         Pimenta dioica  ( L.) Merril - Família Botânica: Myrtaceae-(Dicot.)
N.V.          Português: Pimenta-da-Jamaica; Inglês: Broad-pepper
Orig.        América Central tropical
Notas:
      I.Esta espécie, além de ser de outra família botânica e de outra origem fitogeográfica em relação às pimentas asiáticas, é uma espécie dióica como o abacateiro, a papaieira ou o kiwi.Estes grãos da pimenta da Jamaica são também algo picantes como os das pimentas asiáticas mas são de tamanho um pouco maior.
II.São tb/ usados nos países latino-americanos como condimento os grãos da pimenteira-bastarda, pequena e bonita árvore da família das Anacardiáceas, de origem da América do Sul e vulgar em parques e arruamentos no n/ país, sobretudo na cidade de Lisboa.

27. PIMENTOS
N.C.-CApsicum annuum L.;C.pUbescens R.& P.; C.baccatum  L., C.frutescens L.; C. chinense Jacq.
            Fam.. Bot.-Solanaceae - ( Dicot.)
N.V.--Pimentos, malaguetas, Chilis, pirpiri
Orig.-América Tropical e  sub-tropical

28. QUIABO
N.C.       Hibiscus esculentus L. - Fam. Bot.: Malvaceae (Dicot.)
N.V.       Português: Quiabo (nome de origem africana);          Inglês: Gumbo
Orig. África
29. SALSA
N.C. Petroselinum crispum ( Miller) Hill - Fam. Bot. - Apiaceae
Orig. Ásia Central
Nota: Esta espécie é muito cultivada em toda a Europa e noutros continentes, havendo variedades de folha mais lisa e outras de folha crespa ou frisada,que é a característica que lhe dá o adjectivo específico do nome científico..crispum
30. SEGURELHA
N.C. Satureja hortensis  L.  e  S. montana L.  Família Botânica-Lamiaceae
N.V. Português: Segurelha ou satureja; Inglês: Savory
Orig. Reg. Mediterrânea.
Nota:  A espécie mais cultivada é a S. hortensis que é uma espécie anual que se  ressemeia com facilidade.   A Satureja montana é uma espécie vivaz, com a vantagem de não ser necessário ressemear.

31. TOMILHOS
Família Botânica:  Lamiaceae
31.1. Tomilho-vulgar N.C. Thymus vulgaris L. e T. zygis L. N.V. Tomilho ou sal-purinho; Ing-Thyme         .
Orig. Reg. Mediterrânea.
31.2. Serpão ou serpilho N.C. Thymus serpillium  L. e T. pulegioides L.Em microclomas de altitude
31.3. Tomilho-rasteiro N.C.Thymus caespititius Brot. N.V. Português Tomilho rasteiro.
Orig. Reg. Medit..sub-atlântica e ilhas açoreanas.
31.4. Tomilho-do-monte ou bela-luz
N.C. Thymus mastichina  LOrig. Reg.mediterrânea.                                                                                         
Bibliografia                                                                                                                                                                     J.E.Mendes Ferrão -1993 –  Especiarias- Ed. I I CT - Instituto de Investigação Científica Tropical-Lisboa
Waverley Root et al – 1983-Hierbas y Especias- Ed.Editorial Blume-Barcelona
A. Proença da Cunha, J.A.Ribeiro e Odete Roque-2009-Plantas Aromáticas em Portugal-Ed. Gulbenkian-Lisboa
J.A.Ribeiro, A.Monteiro e Lurdes Silva-2000 – Etnobotânica, plantas bravias comestíveis, condimentares e medicinais  – Ed.João de                  Azevedo Editores - Mirandela
Fátima Rocha-1996-Nomes vulgares de plantas existentes em Portugal-Ed.DGPC - Min.da Agricultura-Lisboa