Vetiver Raízes contra a erosão
O vetiver, planta de origem indiana atinge entre um a três metros de altura e cujas raízes penetram no solo até três metros de profundidade, num raio de 25 metros, substituiu eficazmente o bambu no combate à erosão dos solos no Congo Brazzaville. As raizes, depois de secas e cortadas, podem ser destiladas para extração de um óleo essencial espesso e de cor âmbar, constituído principalmente por vetivona, e que é conhecido como Vetiver, Vetivert, Khus khus, Khas khas, ou Óleo da tranquilidade, na Índia. O óleo é usado como fixante em perfumaria. O odor é profundo, com acentos de terra, madeira e citrinos, sendo muito persistente. É usado em aromaterapia para aliviar o stress e relaxar. Tem também propriedades febrífugas..
Em Angola, antes de 1975, a empresa Cuca tinha industria de extração do óleo e a produção era desenvolvida em parceria com agricultores do planalto central angolano.
No Congo Brazzaville o vetiver se encontra plantado, nos campos, ao longo de valas, sobre as margens dos canais ou no flanco das colinas, o vetiver previne a erosão dos solos e retém a terra. Há já três anos que plantam vetiver para estabilizar os terrenos e impedir a destruição dos solos devido à erosão das ravinas, provocada por chuvas torrenciais. Este procedimento simples e de baixo custo revelou-se muito eficaz. As primeiras experiências bem-sucedidas foram a estabilização das encostas da estrada de Moukondo-Matari, num percurso de 6 km no bairro Norte de Brazzaville e a da estrada nacional n.º 1 no troço Brazzaville-Kinkala, ao sul de Brazzaville, cobrindo uma distância de 77 km. Os congoleses lançaram-se assim na cultura do vetiver, que é vendido entre 1000 e 2500 FCFA (1,53 € e 4 €) por saco de 20 kg.
Adaptado de http://spore.cta.int/index.php?option=com_content&task=view&lang=pt&id=1712&catid=31
Notas compiladas por Margarida Dias da Silva
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